56. Santa Estrela que me Guia
Hino exultante e amoroso, momento de puro êxtase no bailado, de alegria no salão. Costuma-se cantar num tom mais alto, sente-se o empenho de músicos e cantores em caprichar na sua apresentação. Celebra o nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo, “a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo”;[219]testemunha que “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória”.[220] Nascido Jesus em Belém de Judéia, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo”.[221] E a estrela ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar que estava o menino. Entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, “prostando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra”.[222] Epifania do Senhor, manifestação do Deus vivo. Os Reis trazendo oferendas, simbolizam o mundo reconhecendo que Deus se fez menino, se fez homem, e veio conosco habitar a Terra. O Deus, que cria o universo, vem habitar na fragilidade de uma criança, vem conhecer e viver nossas angústias e medos.[223] Segundo a tradição, um era negro (africano), o outro branco (europeu) e o terceiro moreno (assírio ou persa) e representavam toda a humanidade conhecida daquela época. Quanto aos nomes dos três, são suposições sem base histórica ou bíblica. Foi Beda, o Venerável (monge inglês, que viveu entre 673 e 735 d.C.), quem deu nome aos magos: Gaspar, Melchior e Baltazar.[224] Merquior, um homem velho com cabelos brancos e longa barba... ofereceu ouro para o Senhor como a um rei. O segundo, de nome Gaspar, jovem, imberbe e de pele avermelhada... honrou-o como Deus com seu presente de incenso, oferenda digna da divindade. O terceiro, de pele negra e de barba cerrada, chamado Baltazar... com o seu presente de mirra testemunhou o Filho do Homem que deveria morrer.[226] No hino nº 64 (Eu peço a Jesus Cristo) Mestre Raimundo Irineu Serra designa os Três Reis do Oriente pelos nomes de Titango, Tintuma e Agarrube. E assim são conhecidos na cosmologia daimista. E a “estes três seres divinos Deus confiou o poder de zelar pela luz resplandecente da corte celestial”.[227] A Sempre Virgem Maria Quanta felicidade! É a própria Mãe de Deus que nos acompanha, para nós cantar com amor... nesta Noite de Natal.
Notas: [219] João 1:9
[220] João 1:14.
[221] João 2:1-2.
[222] João 2:9-11.
[223] VIANA, Túlio Cícero. O consagrado defensor. Belo Horizonte: Líttra Maciel Ltda, 1997, p. 230.
[224] Disponível em < http://educacao.aol.com.br/fornecedores/ubr/2005/01/05/0014.adp> Acesso em 06 maio 2005.
[225] Disponível em <http://www.airtonjo.com/magos03.htm> Acesso em 06 maio 2005.
[226] Depoimento de Sebastião Jaccoud Disponível em < http://www.mestreirineu.org/jaccoud.htm >Acesso em 06 maio 2005.
[227] Lucas 1: 26-27.
[228] Lucas 1: 28-33.
[229] Lucas 1: 34-35.
[230] Lucas 1: 38.
|
![]() |
![]() |
||||||||||||||
|
|||||||||||||||
2019 Portal do Santo Daime |